Seminário Permanente: O QUE PODEMOS COM A ARTE?

“A significação do cômico no pensamento de Henri Bergson”

Palestra do Prof. Dr. Ricardo Jardim
dia 19 de junho de 2013 às 10h
Auditório 614, Escola de Belas Artes/UFRJ
Haverá Certificado de Participação

A Escola de Belas Artes da UFRJ apresenta a terceira edição do Seminário Permanente O que podemos com a arte? com a palestra “A significação do cômico no pensamento de Henri Bergson” de Ricardo Jardim, Professor Associado do Departamento de Filosofia da UFRJ. Doutor em Filosofia pela Universidade de Montpellier III, sua tese foi publicada na França e se intitula Le structuralisme et la question du sujet:  la formation du champ sémiologique  (Lille: ANRT, 2000). Neste trabalho, empenha-se para recuperar os aspectos positivos do estruturalismo, distinguindo-o da vulgata estruturalista, que o desfigura, e situando-o numa perspectiva histórica que, ao elucidar a formação do campo semiológico, manifesta o caráter verdadeiramente revolucionário do paradigma estruturalista. Realizou, recentemente, com o apoio da CAPES, um Pós-doutorado na Universidade de Paris-Sorbonne IV, cuja pesquisa procura demonstrar uma notável convergência metodológica e epistemológica entre estruturalismo e hermenêutica.

O professor Ricardo Jardim atua principalmente nas áreas de Filosofia Contemporânea, Antropologia Filosófica e Epistemologia das Ciências Humanas. Suas aulas, pesquisas e publicações têm como referência teórica, sobretudo, a fenomenologia, a hermenêutica e o estruturalismo. Seguindo com admiração e, também, certo distanciamento crítico algumas indicações de Paul Ricoeur, adota o que ele próprio denomina "modelo hermenêutico de reflexão". Trata-se de articular a filosofia com as ciências humanas, em particular com as teorias que se desenvolveram no seio do freudismo, do marxismo e do estruturalismo. Preocupam-no, em particular, as relações entre a consciência e as diferentes modalidades de inconsciente (pulsional, estrutural e ideológico) estudadas por tais ciências.

Ricardo Jardim ensina atualmente apenas nos cursos de Pós-Graduação e Graduação do Departamento de Filosofia do IFCS/UFRJ. Lecionou, porém, durante vários anos, “Introdução à Filosofia” (Filosofia I e II) em outros cursos de Graduação da UFRJ. Portanto, além de se dedicar às suas pesquisas no campo da filosofia e das ciências humanas e ao ensino das mesmas no Curso de Filosofia, especializou-se, também, na transmissão do saber filosófico para estudantes de outras áreas. Neste seu intento de socializar o saber e estimular a reflexão filosófica, adotou como um dos tópicos do programa de “Introdução à Filosofia” a exposição e discussão da questão da natureza do cômico. Quando rimos, rimos de quê?  Como distinguir uma situação cômica de outras situações?  Existe uma função social do riso? Qual a distinção entre o sério e o cômico? A partir da discussão de tais questões com seus alunos da graduação, julgou oportuno introduzir em sala de aula o estudo da obra notável de Henri Bergson consagrada a este tema , a saber, O riso: ensaio sobre a significação do cômico.  Dedicou-se, assim, à elaboração de um artigo publicado na Revista de Filosofia SEAF (Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas), intitulado “A significação do cômico no pensamento de Henri Bergson”.  A sua palestra no presente Seminário, promovido em boa hora pela EBA, versará fundamentalmente sobre o conteúdo deste artigo.

Na primeira parte de seu artigo, já mencionado, “A significação do cômico no pensamento de Henri Bergson”,  Ricardo Jardim apresenta sinteticamente os  elementos centrais da tese  defendida pelo pensador francês no seu célebre ensaio  sobre o tema em questão. Na segunda parte, discute alguns pontos da argumentação de Bergson.  Suas críticas à abordagem bergsoniana do cômico podem ser concebidas como uma modesta “contribuição para uma teoria do riso”, subtítulo, aliás, do referido artigo.

 O objetivo do evento é fazer uma interseção entre Arte e Filosofia. Apresentar as possíveis ressonâncias e as potências criadoras desses dois campos de expressão. Reunir artistas e Pesquisadores de arte, da História da Arte e da Filosofia para pensar e apresentar os elos que ligam arte e filosofia.